30 agosto, 2008

100 Recomendações Para A Vida






1 - Descubra seu maior defeito e disponha-se a corrigi-lo.
2 - Escolha até três exemplos de vida e determine-se a segui-los.
3 - Tenha força e sabedoria para resistir às tentações do mundo.
4 - Cultive a força da tolerância de forma a compreender, aceitar, assumir responsabilidades, ter determinação e melhorar as circunstâncias externas. Então, passe a cultivar a tolerância pela vida, a tolerância por todos os darmas e a tolerância pelos darmas não-surgidos de maneira a transformar o cultivo da tolerância em força e sabedoria.
5 - Aprenda a se adaptar à pressão externa e não se deixe afetar por ela.
6 - Seja ativo e destemido. Pense antes de agir.
7 - Envergonhe-se do que ignora, do que é incapaz, do que o torna impuro e rude.
8 - Faça com freqüência algo que toque o coração das pessoas.
9 - Sinta-se bem sob qualquer circunstância, siga as condições corretas, esteja sempre livre de aflições e faça tudo com alegria no coração.
10 - Ser corajoso e virtuoso é ter a capacidade de admitir os próprios erros.
11 - Aprenda a aceitar perdas, falsas acusações, contratempos e humilhações.
12 - Não inveje aqueles que praticam boas ações ou dizem boas palavras. Tenha sempre na mente, bondade e beleza.
13 - Não empurre os outros para a beira do abismo; ao contrário, dê-lhes espaço para recuar — um dia eles poderão lhe ajudar.
14 - Sirva àqueles que desejam fazer o bem, compartilhe um objetivo. Favoreça os outros e respeite seus anseios.
15 - Seja amável e humilde ao relacionar-se com as outras pessoas. Expresse bondade em seu semblante e em sua fala.
16 - A capacidade de doar traz abundância verdadeira.
17 - Importe-se apenas com o que é certo ou errado; não se fixe em perdas e ganhos.
18 - Deixe de lado pensamentos egoístas e dedique-se à justiça, à verdade e ao bem comum.
19 - Viaje pelo mundo sob o céu estrelado. Vivencie a prática da procissão de mendicância pelo menos uma vez na vida.
20 - Abra mão de todas as suas posses ao menos uma ou duas vezes na vida.
21 - A cada quatro ou cinco anos, empreenda uma viagem sozinho.
22 - Não se deixe cegar pelo amor. Não se traia por dinheiro.
23 - Não bata de frente com as coisas — aprenda a arte de ser sutil.
24 - Não há êxito sem persistência, diligência e determinação.
25 - Desenvolva autoconfiança, expectativas em relação a si mesmo e metas pessoais.
26 - Procure ouvir boas palavras e jamais esqueça o que elas significam.
27 - Não desperdice o seu tempo. Faça planos e use o tempo com sabedoria.
28 - Seja sempre sensato, pois a sensatez é imparcial e igual para com todos.
29 - Lembre-se dos erros cometidos. Tenha-os sempre em mente para não repeti-los.
30 - Seja qual for a sua função, desempenhe-a bem. Não olhe para os lados.
31 - Faça tudo com boa intenção, verdade, sinceridade e beleza.
32 - Não se apegue ao passado. Olhe sempre adiante.
33 - Lute sempre pelos seus objetivos e vá longe.
34 - Planeje sua carreira, use seu dinheiro com sabedoria, purifique seus sentimentos e não se apegue a fama e riqueza.
35 - Desenvolva compreensão e visão corretas. Não se deixe levar cegamente pelos outros.
36 - Renuncie a apegos insensatos e aceite a verdade com mente humilde.
37 - Não faça intrigas nem espalhe rumores. Não se deixe influenciar por eles.
38 - Aprenda a desenvolver sua mente, reformar seu caráter,recuar e dar guinadas em na vida.
39 - Cultive méritos por meio de doações que estejam de acordo com sua capacidade, função, disposição e condição.
40 - Creia profundamente no Darma e contemple todas as virtudes.Nunca faça o mal; pratique sempre o bem.
41 - Não culpe os céus nem os outros por sua infelicidade, pois tudo tem sua causa e seu efeito.
42 - Pense no bom e belo ao invés de pensar no que é triste e penoso.
43 - Conquiste ao menos três tipos de habilitação ao longo da vida, como, por exemplo, para guiar automóveis, cozinhar, digitar, cuidar de enfermos, exercer a medicina, o magistério, o direito, a arquitetura etc.
44 - Aprenda a articular bem a fala e a escrita. Aprenda a ouvir, a apreciar, a pensar, a cantar, a pintar e a desenvolver habilidades. Quanto mais se aprende, melhor. Aprenda, ao menos, metade disso tudo.
45 - Leia ao menos um jornal por dia, para se manter em dia com o mundo.
46 - Leia pelo menos dois livros por mês.
47 - Mantenha uma rotina diária.
48 - Cultive hábitos regulares de sono e alimentação.
49 - Pratique exercícios físicos.50 - Mantenha-se longe de cigarro, álcool, pornografia e drogas. 50 - Administre e controle sua própria vida.
51 - Pratique meditação por, pelo menos, dez minutos todos os dias.
52 - Passe, pelo menos, metade de um dia sozinho, uma vez por semana.
53 - Ao menos uma vez por mês, pratique o vegetarianismo,para nutrir seu coração de compaixão.
54 - Ajude os outros e faça o bem sem esperar nada em troca.
55 - Compartilhe sua alegria e compaixão com os demais.
56 - Mantenha a capacidade de se auto-avaliar sob qualquer circunstância.
57 - Reze pelos desafortunados, onde quer que você esteja.
58 - Seja preciso em suas observações. Considere todos os ângulos e seja tolerante e compreensivo em relação aos outros.
59 - Aprecie a vida, cuide dela e não a maltrate jamais.
60 - Use seu dinheiro e suas posses com sabedoria. Não desperdice nem gaste demais.
61 - Em tempos de alegria, contenha a sua fala; no infortúnio, não despeje sua raiva sobre os outros.62 - Não enalteça seus próprios méritos nem aponte os erros alheios.
63 - Não inveje nem suspeite. Méritos advêm das realizações e da ajuda aos outros.
64 - Não seja ganancioso em relação às posses alheias, nem mesquinho em relação às suas.
65 - Demonstre coerência entre atitude e pensamento. Não seja iluminado na teoria e ignorante na prática.
66 - Não fique sempre pedindo ajuda aos outros. Busque ajuda dentro de si mesmo.
67 - Faça de sua própria conduta um bom exemplo. Não espere benevolência dos outros, mas de si mesmo.
68 - Cultivar bons hábitos é a melhor maneira de manteruma vida íntegra e saudável.
69 - É melhor ser não-inteligente do que não-compassivo.
70 - A mente otimista é contemplada com um futuro brilhante.
71 - Construa seu próprio destino. Corra atrás das oportunidades ao invés de esperar que elas caiam do céu.
72 - Controle suas emoções e seu humor: não se deixe levar por eles.
73 - Elogio e ofensa fazem parte da vida. Não se apegue a eles— conserve sempre a paz interior.
74 - A doação de órgãos ajuda a prolongar a vida além de propiciar recursos para as vidas de outros seres.
75 - Ouça o que os outros têm a dizer e anote a essência do que eles dizem.
76 - Olhe para si mesmo antes de acusar os outros. Somente uma avaliação honesta de seus méritos e de méritos lhe dá o direito de julgar os demais.
77 - Cumpra suas promessas.
78 - Não viole o direito dos outros para beneficiar a si próprio. Favorecer os demais, às vezes, é imperioso.
79 - Não sinta prazer em ridicularizar os outros. Ao contrário, aprenda a fazê-los felizes.
80 - Não critique, por inveja, a benevolência do outro. Respeite-o e siga seu bom exemplo.
81 - Não use de traição para obter vantagens.
82 - Os privilégios devem, antes de tudo, ser oferecidos às outras pessoas.
83 - Aprenda a aceitar as desvantagens. Saiba que, na verdade, elas são vantagens.
84 - Não se apegue a perdas e ganhos. Não faça comparações entre o que você e os outros têm ou deixam de ter.
85 - Seja sincero, impetuoso e educado.
86 - Harmonia, paz e tranqüilidade são a chave para o relacionamento com as pessoas.
87 - Respeito, reverência e tolerância são a tríade para manter boas relações com o mundo.
88 - A raiva não resolve problemas. Somente uma mente tranqüila e pacífica pode ajudar você a lidar com a vida.
89 - Relacione-se com pessoas virtuosas e bons mestres.
90 - Não contamine os outros com sua tristeza, nem leve preocupações para a cama.
91 - Busque prazer e alegria em tudo o que faz, e transmita isso a todos.
92 - Seja grato aos benevolentes e aos que prestam auxílio. Deixe-se tocar por seus atos virtuosos.
93 - Dê um toque de serenidade a tudo o que você fizer na vida.
94 - Não existe dificuldade ou facilidade absolutas. O esforço transforma dificuldade em facilidade, enquanto a indolência torna o fácil difícil.
95 - Ajude seus vizinhos e sua comunidade e participe dos eventos locais. Assim, você se tornará um voluntário da humanidade.
96 - Só a humildade gera o bem. A arrogância não traz nada mais que desvantagem.
97 - Aproxime-se de mestres virtuosos. Ouça-os, seja leal e não os desacate.
98 - Ajudar os outros é ajudar a si mesmo. Ter consideração pelos outros significa cuidar e amar a si próprio.
99 - Dê aos jovens oportunidades e ofereça-lhes orientação sempre que necessário.
100 - Cuide de seus pais e seja amoroso com eles.

!!E Que Assim Seja!!

16 agosto, 2008

Silencio Místico






A palavra silêncio ou a expressão entrar no silêncio aparecem com bastante freqüência nos escritos místicos. No entanto, a interpretação dada a essa palavra ou a essa expressão é muitas vezes vaga demais e não traduz o sentido místico que lhes podemos atribuir.
O significado corrente da palavra silêncio é o de mutismo, no sentido de calar-se, isto é, de não falar. Esse "silêncio das palavras" na realidade se assemelha ao controle do que dizemos. Ora, todo mundo sabe o quanto é difícil falar somente quando isso é útil e calar-se quando é preferível não dizer nada, donde vem o adágio, "o silêncio é de ouro, a palavra é de prata". É verdade que há pessoas que, por força de seu temperamento, falam muito ou pouco, conforme são expansivas ou reservadas, extrovertidas ou introvertidas. Não obstante, quer se tenha a palavra fácil ou não, ninguém pode negar que guardar silêncio é uma qualidade que reflete a aptidão para saber falar ou se calar quando é preciso. A dificuldade neste campo está no fato de que todos temos um ego e de que este tende a querer se expressar para dar sua opinião e atrair atenção para nós como pessoas. Portanto, não se pode dominar a fala sem se adquirir certa humildade.
Todos sabemos que houve circunstâncias em que teria sido melhor que não tivéssemos dito nada e outras, ao contrário, em que deveríamos ter falado. A maioria das pessoas admira aquelas que são capazes de dizer o que convém numa dada situação e de fazê-lo claramente e em poucas palavras. Vale a pena desenvolver a faculdade de expressar concisamente o que se pensa, mesmo que isso seja uma empresa difícil. Na maior parte do tempo, aquilo que dizemos ou deixamos de dizer é mais motivado pelos sentimentos do que pela razão pura. Em outras palavras, com freqüência deixamos de dizer certas coisas às pessoas por receio de ofendê-las ou de lhes causar mal-estar, mesmo sabendo que seria melhor dizê-las. Assim agimos porque muitas vezes nos preocupamos mais com o impacto emocional que nossas palavras vão causar nelas do que com o seu verdadeiro interesse. Isto posto, não há regra geral nesse campo, pois nunca nos deve riamos dirigir a alguém sem levar em consideração os seus sentimentos. Em todo caso, é indispensável conhecer bem a personalidade da pessoa a quem se diz ou se deixa de dizer alguma coisa.
Consideremos agora o papel do silêncio numa discussão. Há uma regra que deveríamos sempre ter em mente, a saber, que é preciso estarmos bem informados sobre um assunto antes de o discutirmos cora alguém. Somente nessa condição podemos nos expressar claramente sobre esse assunto. Se não somos capazes disso, mais comumente é porque não refletimos suficientemente sobre esse assunto e não o dominamos. Nesse caso, é sempre prejudicial falarmos demais, pois, não somente aquilo que dizemos não é ponderado, mas também porque nossas deficiências ficam assim reveladas e nos prejudicam. Com efeito, quando nos é solicitado nos expressarmos sobre um assunto que não conhecemos bem, cabe termos á sabedoria de admitir com toda simplicidade que nada temos a dizer dada nossa falta de informação a seu respeito, ou afirmarmos que as idéias que vamos expor são as de uma pessoa desinformada e não de um perito na matéria. Em suma, o "silêncio das palavras" consiste em procurarmos falar com discernimento, em sermos claros e concisos em nosso discurso e em refletirmos antes de nos pronunciarmos sobre um assunto em discussão.
A segunda aplicação da palavra silêncio corresponde ao "silêncio dos pensamentos". Esse silêncio traz o problema do controle da nossa mente. Sabemos que os pensamentos têm certo poder e que têm determinados efeitos em nós mesmos e em outrem. É então sábio empregá-los com atenção e não desperdiçá-los em idéias dispersas e fúteis. É verdade que às vezes é agradável nos abandonarmos ao devaneio, pois isto é um modo de nos descontrairmos em todos os níveis. Além disso, acontece a todo mundo pensar coisas sem grande importância. Mas, em geral, devemos controlar nossos pensamentos e lhes dar uma direção positiva. Se não fazemos isso, eles se dispersam e se tomam muito freqüentemente discordantes. Daí resulta então um estado mental mais ou menos negativo, com todas as conseqüências que isso implica em nós e ao nosso redor. Diz-se com freqüência que é indispensável fazer a mente se calar quando se medita. Mas a natureza tem horror ao vazio e é impossível não pensar ou não pensar em nada. Contrariamente ao que pretendem certos gurus, meditar não consiste então em fazermos um vácuo na nossa mente, pois não podemos fazê-lo enquanto seres encarnados. Como já aprendemos em nossos ensinamentos, a meditação requer, ao contrário, que nos concentremos no problema que nos preocupa ou no assunto em que nos queremos aprofundar e depois nos coloquemos em estado de receptividade, a fim de recebermos a inspiração do Cósmico. Também aqui, o melhor meio de conseguirmos esse estado não consiste em não pensarmos em nada e sim em canalizarmos nosso pensamento para a visualização de uma imagem mental agradável e inspiradora, como um céu azul, uma rosa, um símbolo qualquer, o que absolutamente não nos impede de estarmos receptivos às impressões que somos suscetíveis de receber durante nossa meditação. Se preferimos, podemos ainda escutar uma música apropriada durante a fase de receptividade e nos deixar "transportar" por ela aos planos superiores.
Seja na vida corrente ou em nossos momentos de meditação, o "silêncio mental" não consiste portanto em não pensar em nada, pois isto é impossível, mas em manter pensamentos positivos e construtivos. Isso é uma coisa muito difícil, pois somos imperfeitos e vivemos num mundo que nos confronta com situações negativas. O melhor meio de conseguirmos isso consiste, não somente em transmutarmos nossos maus pensamentos, quando os temos, mas também em dirigirmos nossa mente para coisas úteis e positivas: lermos livros inspiradores, assistirmos a reportagens culturais instrutivas, passearmos na natureza deixando-nos impregnar de sua beleza, termos conversas construtivas com membros de nossa família, etc. Assim agindo damos um "alimento" sadio à nossa consciência e "positivamos" os nossos pensamentos. Isso levanta finalmente todo o problema da alquimia mental que devemos realizar todo dia em nós mesmos.
O ser humano não se limita a falar e pensar. Além disso, ele age. Ora, assim como existe um "silêncio das palavras" e um "silêncio dos pensamentos", existe também um "silêncio das ações". Este consiste primeiro em não cometermos atos negativos em relação aos outros, ou seja, imorais, maldosos, perversos, destrutivos, etc. É evidente que, se nenhum indivíduo praticasse tais atos, o mundo viveria em melhor harmonia. Infelizmente, no estado atual das coisas, ainda há inúmeras pessoas que agem sob a influência dos mais primitivos instintos da natureza humana e que dão livre curso à maldade, à violência e ao ódio. Por isso existem hoje crimes, conflitos e guerras, com todos os sofrimentos que disso decorrem para as vítimas. Como sabemos, assim será enquanto os homens não tiverem despertado suficientemente as virtudes de sua alma e agirem sob o império dos aspectos negativos do ego.
Como sugerem as observações precedentes, o "silêncio das ações" implica igualmente em não respondermos à violência com a violência. Com efeito, a experiência prova que é impossível apaziguar uma situação de conflito reagindo-se violentamente a uma agressão, seja ela verbal ou física. Nesse caso, só se consegue agravar a situação e lhe dar um caráter ainda mais dramático. Não quer dizer que não se deva reagir contra a violência, pois isso seria semelhante a uma forma de fraqueza e até mesmo de covardia. Antes significa que devemos reagir de maneira positiva e construtiva. Nesse campo, a vida e a obra do Mahatma Gandhi constituem um exemplo para todos nós. Ele nunca cedeu à adversidade, mas sempre se opôs a ela de um modo não violento e assim deu prova de sua grandeza de alma.
O "silêncio das ações" se 'assemelha também à inação, no sentido que um místico pode dar a esse termo. Em outras palavras, corresponde ao estado físico que sentimos quando nosso corpo está totalmente em repouso, como acontece quando estamos dormindo. Mas esse estado não é específico do sono. Com efeito, é esse mesmo estado que devemos alcançar quando meditamos ou nos preparamos para uma experiência mística especial, pois importa então estarmos calmos, descontraídos e relaxados. Ora, só podemos conseguir isso estando totalmente passivos no plano físico, o que implica justamente não nos mexermos e, por conseguinte, não praticarmos nenhuma ação. Como todo mundo sabe, esse "silêncio das ações" não é tão fácil de conseguir, pois requer a suspensão momentânea dos desejos do corpo e de sua necessidade natural de estar ativo e em movimento. Mas isso é indispensável toda vez que queremos nos elevar aos planos de consciência superiores.



Autor: Texto recebido por e-mail