05 julho, 2008

Tarot Terapia



O Tarot é um baralho composto de 78 lâminas (ou cartas), dividido em 2 grupos principais: os Arcanos Maiores, composto por um grupo de 22 lâminas (numeradas de 0 a 21 ou de 1 a 22) e os Arcanos Menores, composto por um grupo de 56 lâminas,distribuídas em 4 naipes (Copas, Paus, Espadas e Ouros - como no baralho tradicional), cada um com 14 lâminas, dispostas de As a 10, inclusas em cada grupo as figuras do Rei, Rainha, Cavaleiro e Pajen ou Valete. As lâminas são ilustradas com o simbolismo universal, relacionadas às imagens arquetípicas que compõem os mitos e lendas, artisticamente representadas através do conjunto de formas (geometria), cores, figuras humanas, animais e vegetais, objetos e números, totalizando em códigos especiais de acesso à Alma humana.
O termo Arcano, foi criado pelo médico e alquimista Paracelso (Phillipus Teophrastus Bombastus Von Hohenheim). O termo em latim Arcanum, literalmente significa oculto ou misterioso, evocando a idéia de um conteúdo ainda hermético que precisa ser aberto e revelado.
O Tarot reflete o homem e seu estado e esses o seu meio. Não que suas lâminas espelhem o processo em si, mas evocam o estágio em que o homem se encontra. Temos em mente aí, que sua linguagem é universal, mas no momento de ser consultado, sinalizará o processo anímico individualmente, independente das combinações que se repetirem e dos significados estabelecidos dentro do núcleo das imagens arquetípicas. Servindo como instrumento advinhatório, ele servirá apenas para vislumbrar o futuro, conectando-se aos eventos presentes e passados. Como instrumento divinatório, estabelece a relação do homem com sua alma e essa, com Deus. Embora, no dicionário os adjetivos "advinhatório" e "divinatório" sejam sinônimos, estabelece-se aí a seguinte reflexão: nem todos que advinham, divinizam e nem todos que divinizam, advinham. No meu entender, advinhar significa decifrar de forma até mesmo leviana, algo que está oculto; já divinizar, estabeleceria a idéia de conectar com sua alma, com o universo, com o Criador. Um Tarot advinhatório, parece refletir na mente das pessoas, um mero jogo de salão para brincar de descobrir o futuro. Já o Tarot divinatório, teria assim relação com uma ponte entre o homem e Deus. Nesse processo, temos o chamado auto-conhecimento.
O Tarot é um legado dos tempos para os tempos. Muitos pesquisadores vieram e já foram e outros virão, dando suas contribuições a esse interessante e misterioso estudo. A concepção purista de um Tarot que tenha nascido nos braços do esoterismo, é no mínimo, pretensiosa, pois o Tarot não pertence necessariamente a nenhuma linha de pensamento ou sistema estabelecido. O Tarot, enquanto veículo livre de co-relações, é um alfabeto simbólico para orientar o homem em sua jornada. Pode ter nascido na arte de um povo, comparativamente às runas, que era o alfabeto dos vikings e também seu oráculo, mas também no berço de uma civilização perdida e mesmo, na cultura e nos ritos de alguma sociedade. Muito do contexto esotérico e espiritualista, que sobreveio principalmente a partir do século XVII, deu margem à maior parte da literatura que temos sobre o Tarot, que devemos considerar um legado dos pesquisadores e não considerar como uma regra para estudos ou pesquisas. Cada livro que fala sobre o Tarot, seria, por assim dizer, um tratado, uma abordagem do baralho através da ótica de seus pesquisadores, trazendo importantes toques e insights para o estudante do assunto. Mas, definir a regra de que o Tarot é só um oráculo, implicará em leviandade, preconceito e até mesmo num embotamento para vislumbrar outros caminhos que o Tarot oferece. Estudar o Tarot é observar, com a mente aberta e o discernimento dirigido, todas as associações e maneiras de como pode ser utilizado, livre de determinismos ou concepções afirmativas. Vale lembrar que o Tarot é uma experiência pessoal, cada um pode criar suas próprias regras ou convenções, apenas para efeito de pesquisas e consultas de cunho pessoal. Enfim, podemos seguir até o pensamento de um ocultista e ou pesquisador, mas jamais, identificar-se com ele a ponto de não aceitar outras propostas.
Uma importante observação a ser considerada, é a escolha do baralho. Com a massificação industrial e com o aumento indiscriminado da mídia, em explorar o meio esotérico, muitas informações estão sendo jogadas no mercado, sem nenhum filtro. A exemplo, milhares de baralhos são encontrados hoje nas lojas, um mais lindo que o outro, mas distorcidos simbolicamente de seu conteúdo simbólico original. Encontramos Tarots das Crianças, dos Orixás, dos Anjos, dos Xamãs, dos Magos, etc e tal, cada vez mais distanciados daqueles símbolos ilsutrados em baralhos tradicionais como o de Marselha, de Wirth, de Waite (Rider), entre outros, desfavorecendo quem inicia na prática. Com isso, a confusão criada na cabeça dos iniciantes é grande, fortalecendo a idéia de que o Tarot é aquele baralho bonito, mas longe do simbolismo universal, que acabou de ser adquirido. Não há mal nenhum se identificar com o baralho que gostamos, apenas devemos começar nos familiarizando com os símbolos e suas combinações tradicionais. Após isso, é da livre-escolha do estudante escolher seu baralho.
Não existem "lâminas positivas ou negativas" dentro do Tarot. Cada lâmina é adequada ao padrão de consciência do ser humano e definitivamente, a interpretação deve fugir da visão fatalista. Fatos "negativos ou positivos" analisados em consultas, podem trazer até efeitos contrários, pois vivemos num universo impermanente. Por isso, quem determina a interpretação é o tarólogo e não o Tarot, pois o profissional deve apenas estar "afinado ou sintonizado" com seu inconsciente e as forças superiores.

Giancarlo Kind Schmid
Clik no link abaixo para saber sobre as lâminas existentes no Baralho:

03 julho, 2008

O Cheiro do Ralo





Sinopse


Lourenço (Selton Mello) é o dono de uma loja que compra objetos usados. Aos poucos ele desenvolve um jogo com seus clientes, trocando a frieza pelo prazer que sente ao explorá-los, já que sempre estão em sérias dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo Lourenço passa a ver as pessoas como se estivessem à venda, identificando-as através de uma característica ou um objeto que lhe é oferecido. Incomodado com o permanente e fedorento cheiro do ralo que existe em sua loja, Lourenço vê seu mundo ruir quando é obrigado a se relacionar com uma das pessoas que julgava controlar.
BAIXE O FILME NO LINK ABAIXO:
Risoto de Manga
Ingredientes:
- 80 g de manteiga em temperatura ambiente
- 1/4 cebola picada
- 280 g de arroz tipo italiano
- 2 litros de caldo de legumes
- 110 g de açúcar (6 colheres de sopa)
- 2 mangas (1 batida no processador ou liquidificador e uma
cortada em cubos para caramelar)
- 50 g de manteiga gelada
- 80 g de queijo parmesão ralado (5 colheres de sopa)
- Cebolinha picada a gosto
- 1/2 xícara (chá) de creme de leite
- Sal a gosto

Modo de Preparo
Numa panela, derreta 50 g da manteiga em temperatura ambiente
(reservando 30 g).
Frite a cebola até ficar transparente.
Refogue um pouco o arroz. Adicione o caldo de legumes aos poucos e deixe
ferver por 15 minutos.
Numa frigideira antiaderente, derreta os 30 g restantes da
manteiga em temperatura ambiente com o açúcar, deixando
caramelar.
Acrescente a manga cortada em cubos, deixe cozinhar
por 5 minutos, acerte o sal e retire do fogo.
Quando o risoto estiver cozido, junte a manga batida no
processador, misture o creme de leite, a manteiga gelada, o
queijo parmesão e mexa até ficar cremoso.

Montagem:
No centro do prato, coloque o risoto e, por cima, a
manga cortada em cubos. Decore com a cebolinha picada.
Caldo de legumes

JE TSONGKHAPA



Preces das Estapas do Caminho



O caminho começa com firme confiança. No meu bondoso mestre, fonte de todo bem. Ó, abençoa-me com essa compreensão. Para segui-lo com grande devoção.
Esta vida humana, com todas as suas liberdades, Extremamente rara, com tanta significação.
Ó, abençoa-me com essa compreensão. Dia e noite para captar a sua essência.


Meu corpo, qual bolha d’água. Decai e morre tão rapidamente. Após a morte vêm os resultados do carma. Qual sombra de um corpo.
Com esse firme conhecimento e lembrança. Abençoa-me, para ser extremamente cauteloso. Evitando sempre ações nocivas. E reunindo abundante virtude.


Os prazeres do samsara são enganosos. Não trazem contentamento, apenas tormentos. Abençoa-me para ter o esforço sincero. E obter o êxtase da liberdade perfeita.
Ó, abençoa-me para que desse pensamento puro. Resulte contínua-lembrança e imensa cautela. A fim de manter como prática essencial. A raiz da doutrina, o pratimosha.


Assim como eu, minhas bondosas mães. Estão se afogando no oceano do samsara. Para que logo eu possa salvá-las. Abençoa-me para treinar a bodichita.
Mas não posso tornar-me um Buda. Apenas com isso, sem as três éticas. Assim, abençoa-me com a força de praticar. A ordenação bodissatva.


Por pacificar minhas distrações. E analisar perfeitos sentidos. Abençoa-me para logo atingir a união. Entre concentração e sabedoria.

Quando me tornar um puro recipiente. Pelos caminhos comuns, abençoa-me para ingressar. Na essência da prática da boa fortuna. No supremo veículo, vajrayana.


As duas conquistas dependem, ambas, De meus sagrados votos e compromissos. Abençoa-me para entender isso claramente. E conservá-los à custa da minha vida.
Por sempre praticar em quatro sessões. A via explicada pelos santos mestres. Ó, abençoa-me para obter ambos os estágios. Que são a essência dos tantras.


Que os que me guiam no bom caminho. E meus companheiros tenham longas vidas. Abençoa-me para pacificar inteiramente. Todos os obstáculos internos e externos.
Que eu sempre encontre perfeitos mestres. E deleite-me no santo Darma. Conquiste todos os solos e caminhos velozmente. E obtenha o estado de Vajradhara