A cada ciclo, grupo de seres vêm ao planeta cumprir sua tarefa. Pela lei da afinidade, vêm desenvolver e trabalhar sua essência sob determinada configuração e características, que conhecemos como signo e conjunturas astrológicas.
Eleição dos Doze
"E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus.
E quando já era dia, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze deles a quem também deu o nome de apóstolos: Simão, ao qual também chamou Pedro, e André seu irmão; Tiago (menor) e João, Filipe e Bartolomeu; e Mateus e Tomé, Tiago (maior) filho de Alfeu e Simão chamado o Zelador e Judas (Tadeu) filho de Tiago e Judas Iscariotes, que foi o traidor". LC:6 12-16
Com o desaparecimento de Judas, se apresentaram dois: José o Justo e Matias, "e lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias.
E por voto comum foi contado com os onze apóstolos." At:2-26
Houve uma época em que a química e a alquimia eram uma só ciência, assim como a astrologia e astronomia, até que, por volta do século 13, o Papa Inocêncio III decretou uma bula, separando a ciência entre sagrada e profana. Daí, astrólogos e alquimistas passaram a ser perseguidos.
Leonardo da Vinci, que era um iniciado, decidiu imortalizar através da pintura toda a simbologia astrológica e numerológica contida nos ensinamentos do cristianismo esotérico, deixando este registro no quadro A Última Ceia, onde cada um dos 12 apóstolos corresponde a cada um dos doze signos astrológicos.
Leonardo da Vinci esquematizou a disposição dos apóstolos de acordo com a posição astronômica, da direita para a esquerda de quem vê o quadro.
Portanto, quem está na cabeceira da mesa é Simão, que corresponde ao signo de Áries. Signo de fogo e de ação, Simão indica com as mãos a direção a tomar. Áries rege a cabeça na anatomia astrológica, e a testa de Simão é bem realçada na pintura. Sua prontidão ariana também é mostrada pelas mãos desembaraçadas, para agirem conforme a vontade e coragem cardeal de Áries.
Ao seu lado, está Judas Tadeu, o Taurino. Seu semblante é sereno enquanto escuta Simão (Áries/cérebro) vai digerindo lentamente suas impressões, acolhendo-as com uma das mãos, revelando a possessividade de Touro (que é terra/receptivo). No corpo humano, Touro rege o pescoço e a garganta, e o de Judas Tadeu está bem destacado.
Mateus vem em seguida, correspondendo à Gêmeos, signo duplo que necessita de interação com as pessoas e de colher informações. Mateus tem as mãos dispostas para um lado e o rosto para o outro, revelando a dinâmica geminiana de querer falar e ouvir à todos ao mesmo tempo.
Mateus era repórter e historiador da vida de Jesus, e Gêmeos rege a casa III, setor de comunicação e conhecimento.
Logo após está Filipe, o Canceriano. Suas mãos em direção ao peito mostram a tendência canceriana para acolher, proteger e cuidar das coisas. Regido pela Lua, Câncer trabalha com o sentir; Filipe está inclinado, como se estivesse se oferecendo para alguma tarefa.
Ao seu lado está Tiago Menor, o Leonino, de braços abertos, revelando nesse gesto largo o poder de irradiar amor (Leão rege o coração e o chacra cardíaco), ele se impõe nesse gesto confiante, centralizando atenções.
Atrás dele, quase que escondido, está Tomé, o Virginiano, que, apesar de modesto, não deixa de expressar o lado crítico e inquisitivo de Virgem – com o dedo em riste ele contesta diante de Cristo; foi Tomé quem quis o ver para crer.
Libra é simbolizado por João, o discípulo amado de Jesus. Com as mãos entrelaçadas, ele pondera e considera todas as opiniões antes de tomar posições - Libra rege a casa VII, é o setor do outro e isso requer imparcialidade e diplomacia.
Ao seu lado, está Judas Iscariotes, representando Escorpião. Com uma das mãos ele segura um saco de dinheiro, pois era o organizador das finanças da comunidade dos apóstolos (Escorpião rege a casa VIII, que trata dos bens e valores dos outros) e com a outra mão ele bate na mesa, protestando.
Sagitário é representado por Pedro, o Pescador de Almas. Foi ele quem fez o dogma e instituiu a lei da Igreja – Sagitário rege a casa IX, setor das leis, religiões e filosofia. Seu dedo aponta para Jesus – a meta de Sagitário é espiritual – e na outra mão ele segura uma faca, representando o lado instintivo nos homens. Ele se eleva entre outros dois apóstolos, trazendo esclarecimentos (luz) à discussão.
Ao seu lado está André, que representa Capricórnio. Conhecedor das responsabilidades, com seu gesto restritivo impõe limites. Seu rosto magro e ossos salientes revelam o biotipo capricorniano. Seus cabelos e barbas brancas e seu semblante sério mostram a relação de Capricórnio com o tempo e a sabedoria. Os temores de André são apaziguados por;
Tiago Maior, Aquariano, que debruça uma de suas mãos sobre seus ombros, num gesto amigável, enquanto a outra se estende aos demais. Ele visualiza o conjunto, percebendo ali o trabalho em grupo liderado pelo Mestre. Aquário rege a casa XI, que é o setor dos grupos, amigos e esperanças.
O último da mesa é Bartolomeu, que representa Peixes. Seus pés estão em destaque (que são regidos por Peixes na anatomia astrológica). Ele parece absorvido pelo que acontece à mesa, e, com as mãos apoiadas, quase debruçado, revela devoção envolvido pelo clima desse último encontro entre os apóstolos e Jesus Cristo, já que numa determinada hora as coisas ficaram um pouco confusas, pois Jesus revelou que "a mão do que me trai está comigo à mesa".
A traição veio de Judas Iscariotes
Político, administrador e homem de negócios, Judas viu em Cristo a esperança de mudança no plano material, porém, quando Cristo deixou claro que libertaria apenas o espírito e não a matéria, provocou em Judas um grande equívoco.
Após ser delatado, Jesus foi levado a um conselho do qual fazia parte José de Arimatéia. Senador, rico e membro ilustre desse conselho, não concordou com a condenação de Jesus – secretamente era ele também um cristão.
Quando Jesus foi crucificado, depois que os soldados romanos se foram, José de Arimatéia levou até a cruz a taça (o Graal) usada na última ceia e recolheu também a lança que o soldado Longinus havia usado para ferir Cristo. Depois, levou o Graal para Patmos e lá seu filho Josephus deu a taça a um santo inglês, que a escondeu em Gales, primeiro numa caverna e depois no castelo do Graal.
A busca do Santo Graal passou, então, a ser a meta dos que queriam a vida eterna. Sua prática construtiva envolve os Cavaleiros da Távola Redonda da Corte do Rei Artur. Quanto à lança, conta-se que percorreu longo caminho, pois lhe foi atribuída poderes de cura, já que o próprio Longinus foi inexplicavelmente curado. Ele tinha uma infecção no olho e ao ferir Jesus um pouco de sangue caiu na vista doente, fazendo desaparecer imediatamente a infecção.
A conquista de muitas batalhas foram atribuídas ao uso da ponta dessa lança por muitos líderes, entre eles, Constantino, Carlos Magno, Napoleão e Hitler – este último desprezava o cristianismo, porém, a retirou do palácio de Noremberg, usando-a como símbolo de limpeza étnica.
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